A fórmula infalível para se sentir bem
por Gregory Martins
Crédito: Saint Aubin - Divulgação
A moda tem muitas regras, ou melhor, imaginamos ela que tenha. Em diversos momentos pensamos nessa indústria gigante como o emaranhado de fórmulas tão precisas quanto "para se ter a área total do quadrado multiplica-se lado vezes lado". Nos esquecemos na maioria das vezes que essas ditas "regras de moda", na verdade, têm duas funções específicas: a primeira é massificar e a segunda é nortear.
Massificar é importante para a moda, gera consumo e desejo. Mas o lado negativo é que todos se vestem iguais por medo de "errar". Essa necessidade de seguir uma multidão nos faz pensar que se integramos tal grupo de fashionistas estaremos na moda, seremos vistos como alguém atraente e interessante para os outros… E só isso, é só um pensamento que não tem valor nenhum no dia a dia. Essa ideia de que você precisa vestir o que todos vestem é velha, qual é? Quantos anos nós temos? O colégio já passou!
As regras para nortear são, na verdade, uma espécie de manual de instrução da moda. A gravata deve ficar acima do cinto, a barra da calça acima do salto do sapato, a manga da camisa ultrapassando a manga do paletó… Esse manual de instruções é útil e positivo, uma vez que nem todos temos contato com todo o tipo de peça, não experimentamos tudo para saber o que fica melhor no nosso corpo e algumas vezes precisamos dessa direção básica para não "errar tão feio assim".
Errar na moda - e tenho certeza de que serei massacrado por dizer isso - é uma ilusão. Não tem como errar algo que você quer fazer do seu jeito. Não existe uma forma correta de misturar achocolatado com leite, cada um faz do seu jeito. É claro, nem todo mundo vai gostar de um achocolatado muito doce ou aguado, mas quem se importa? É o seu jeito de fazer. E, por mais distante que isso possa parecer na moda, na verdade não é. A moda dá possibilidades, usa quem quer.
Um amigo muito querido disse uma vez, e concordo totalmente com ele, que os melhores acessórios de moda são os prendedores de papel. Sim, a Kalunga é a nova Macy's! São esses pequenos e amáveis prendedores que fazem os editoriais que vemos todos os dias serem como são. São eles que dão o caimento perfeito à peça segurando tudo atrás, assim como os alfinetes fazem nas vitrines e, quando vamos experimentar, ficamos mais quadrados do que uma caixa de fósforos com pernas.
E daí que vão te olhar estranho na rua? Quem liga? Esse desejo por idolatrar lookbookers é absolutamente irracional. Deixar de copiar a toquinha caída do outro faz a sua vida bem mais interessante, eu garanto. Use o que você gosta do jeito que você gosta. Experimente, questione, se expresse e se divirta mais!
A moda é uma geradora de ilusões cujo objetivo é vender, mas além disso, a principal função da moda é fazer o consumidor sonhar. E por que não sonhar do seu jeito?
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