Quando chega o Dia dos Pais eu sempre me lembro da crônica do Veríssimo que fala sobre a "lista das meias". Na crônica 'Presente', ele fala que existe a idade de ganhar brinquedos e jogos, de ganhar carteira e dinheiro, de ganhar dinheiro no envelope e de ganhar meias. Quem entra nesta lista nao se interessa por mais nada e está destinado a entrar na última e derradeira lista: a das meias de lã. Eu, particularmente, adoro comprar meias e dar meias de presente: listradas, floridas, com bolinhas. Em muitas cidades turísticas existem lojas só de meias, sempre cheias. Mas, é verdade, as meias nem sempre foram consideradas presentes interessantes e charmosos.
Nesta data masculina, é quase impossível nao ter um par de meias como sugestao de presente. E, na sequência, os outros objetos que parecem que grudaram nos pais de todos os tempos: barbeador, cinto, kit para barba, furadeiras. É impressionante como eletrodomésticos trazem à tona algumas atividades destinadas aos meninos: é vaidoso? Barbeador e aparador de pelos. É do tipo faz tudo? Furadeira e lavadora de alta pressao. Curte cozinha? Máquina de café e liquidificadores com funçoes avançadas. Com a identidade masculina tao em baixa nos filmes e desenhos animados e um universo de possibilidades de papel, será que nao está na hora das marcas pensarem de forma mais ampla?
Pro pai das minhas filhas acho que um livro ou gadgets para máquinas fotográficas fariam mais sucesso. Pro meu pai, que passou dos 90, acho que as temidas meias de lã vao acabar aparecendo.
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