O que esperar de uma das mais icônicas casas de moda para a Primavera/Verão 2015?
por Diogo Rufino Machado
Dior Homme - Divulgação
"É preciso manter as tradições para transmiti-las às gerações seguintes. Numa época tão conturbada como a nossa, devemos manter essas tradições que são o nosso luxo e a flor da nossa civilização", legados deixados por monsieur Christian Dior e que serviram de inspiração para a coleção primavera/verão 2015 da maison Dior.
A coleção primavera/verão de umas das marcas mais famosas e importantes do mundo, a coleção Dior Homme, é assumidamente uma coleção clássica, unindo o tradicional ao moderno. Com inspiração náutica (refúgio à beira mar artístico), Kris Van Asche, diretor artístico da marca, trouxe a alfaiataria, característica marcante da marca, com cortes retos e ajustados agregada a novos materiais e conceitos.
Dior Homme - Divulgação
Dior Homme - Divulgação
Antes de melhor analisar a coleção, convém ressaltar que é muito estranho para nós (brasileiros) vermos uma coleção primavera/verão constituída de ternos e smokings, mas colocando o desfile no contexto do verão europeu e na proposta que a marca sempre trouxe, voltada ao seu fiel público da alfaiataria de luxo, conseguimos compreender melhor a coleção.
Basicamente o carpete bege entremeado de faixas coloridas do Tênis Clube de Paris ficou coberto de modelos utilizando a clássica alta costura da Dior onde havia superposições, colagens e acumulações de peças, cores, materiais e estamparias. Os coletes tornaram-se regatas de malha, os moletons foram encurtados, porém sem perder a tradição da Maison que trouxe cores básicas e primárias à passarela, como o azul, o vermelho e o amarelo.
Dior Homme - Divulgação
A inovação ficou por conta do denim desbotado e do couro na passarela que deram um ar sofisticado aos looks sem perder a essencialidade que a marca tem. É nítido que o street art e a liberdade de estilo estavam no jeans desbotado, no paletó pied-de-poule, no terno gráfico com tecido técnico, além da parte mais chamativa da coleção que ficou por conta da utilização da assinatura de Christian Dior como estamparia.
Do clássico terno azul marinho ao gritante paletó amarelo ouro, do colete de abelha ao pied-de-poule tradicional branco e preto, das escritas artísticas e coloridas ao denim desbotado. Os modelos desfilaram com os casacos abertos e as mãos nos bolsos, basicamente isso foi o que mais se trouxe de inovador à passarela, ou seja, quase nada.
Dior Homme - Divulgação
Resumidamente a Dior não perdeu a tradição, inovando pouco e mantendo os padrões para o seu fiel público burguês.
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